Gert Schubring (UFRJ)
Fumikazu Saito (PUCSP)
A matemática ainda não era uma área autônoma e unificada de conhecimentos matemáticos antes do século XIX. Os conhecimentos matemáticos até meados do século XVIII encontravam-se “pulverizados” e eram parte integrante de outros segmentos do saber. Além do quadrivium medieval (geometria, aritmética, astronomia, música), eram consideradas “matemáticas” outros ramos do saber, tais como a arquitetura, a agrimensura, a mecânica, a óptica, a hidrostática, a artilharia entre muitos outros ofícios. Nesse sentido, podemos dizer que o conhecimento matemático transitou por diferentes domínios do saber, que se constituíam como campos de conhecimento complexos, desenvolvendo outros tantos novos domínios ao longo da história. Nesse percurso, os séculos XVI e XVII foram palco de grandes transformações, que motivaram muitos estudiosos dessas matemáticas a investirem
esforços em direção à especialização moderna. Desse modo, este simpósio propõe acolher estudos em história da matemática que contemplem o “fazer matemático” em diferentes matemáticas e “práticas matemáticas”, seguindo o modelo estabelecido pela Rommevaux quanto a “pluralidade” das álgebras no período do Renascimento, com o objetivo de discutir sobre os contextos de elaboração, transformação e disseminação do conhecimento matemático em diferentes regiões e comunidades no período compreendido entre 1450 a 1750.
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